Solta-se um ruído, um gemido em forma de nota... musical. Abre-se a melodia anarquicamente em acordes simples e melancólicos.
Lazycame estaria muito provavelmente no Drugstore e também muito provavelmente sob o efeito de substâncias alteradoras do SNC. Não interessa. O devaneio começa e arrebata-me com "God". O resto nem por isso. "God" sim, leva-me por aí...
A voz dilacerante, suave, quente, arrastada é a metáfora do "slow motion" cinematográfico".
Revejo o meu amigo Ricardo, sentado numa bicicleta com o pedalar falseado a dirigir-se para o fora de campo...
Bonita noite de Inverno...
A melodia continua e mil e uma coisas podem acontecer enquanto a partitura espontânea de Lazycame tem lugar. Choro, rio, brinco, amo e desamo.
Na simplicidade dos pequenos momentos aparece a grandiosidade dos gestos e dos actos. Mas arrastada. Sempre...
E é por me deixar entranhar por essas notas, acordes, sons, ruídos, que construo castelos de areia em orlas costeiras imaginárias, bebo um vinho branco à beira-tejo, ou pura e simplesmente me lembro do meu amigo Ricardo a pedalar numa bonita noite de Inverno...
Lazycame estaria muito provavelmente no Drugstore e também muito provavelmente sob o efeito de substâncias alteradoras do SNC. Não interessa. O devaneio começa e arrebata-me com "God". O resto nem por isso. "God" sim, leva-me por aí...
A voz dilacerante, suave, quente, arrastada é a metáfora do "slow motion" cinematográfico".
Revejo o meu amigo Ricardo, sentado numa bicicleta com o pedalar falseado a dirigir-se para o fora de campo...
Bonita noite de Inverno...
A melodia continua e mil e uma coisas podem acontecer enquanto a partitura espontânea de Lazycame tem lugar. Choro, rio, brinco, amo e desamo.
Na simplicidade dos pequenos momentos aparece a grandiosidade dos gestos e dos actos. Mas arrastada. Sempre...
E é por me deixar entranhar por essas notas, acordes, sons, ruídos, que construo castelos de areia em orlas costeiras imaginárias, bebo um vinho branco à beira-tejo, ou pura e simplesmente me lembro do meu amigo Ricardo a pedalar numa bonita noite de Inverno...
2 comentários:
Apesar do frio que nos aquecia, nesse Inverno pedalei com um fulgorante objectivo, tornando-me doces as investidas desse acto: pedalar. Pedaldas ritmadas circularmente, como num tempo musical, a indicação na partitura, o leve bater do pé ao ouvirmos coisas que vezes nem interpretamos ao as estarmos a sentir, como úteis e tão agradaveis por simples serem. É muito curioso como algumas notas,- "preguiçosas" neste caso - e da "gente" que em conjunto, nos podem cinestésicamente elevar noutras sensações, envolvidos nos longínquos campos arrebatados de doces memórias geradas de existências comuns. É único sentirmos que alguém pode ficar absorto em episódios - leia-se cicatrizes - criados para registarem outros. Folgo em saber que serei lembrado pelo mais nobre dos gestos: o de pedalar num objectivo único, não o de me misturar com o "fora de campo", mas sim caminhar para uma eterna amizade. Se é Lazycame ou não, é mero rebuçado aleatório pois mesmo não gostando de doces, desfruto.
"episódios - leia-se cicatrizes..."
simply the best! abraços para os dois.
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