terça-feira, agosto 28, 2007

Mini Galeria de bateristas

ROCK ON (é cromo, mas faz bem de vez em quando)


Bonham, Lovering, Cameron, Grohl, Irons e Chamberlin em amena cavaqueira.
































sexta-feira, agosto 24, 2007

O Massacre no Texas não se esgota nas imagens

Pronto... Tenho mesmo que falar do filme.
Há uns dias atrás propus-me encetar a hercúlea tarefa de ver um dos mais propalados filmes de terror de todos os tempos: The Texas Chain Saw Massacre. Acreditem: há muito tempo que era um daqueles filmes que me estava aqui atravessado, com a gula de passar pela retina, mas empenhado em embirrar num qualquer contratempo ou, mais provavelmente, imiscuir-se num cantinho recôndito da minha mente, onde acabou sempre por ser esquecido... até... há uns dias atrás.
Numa primeira leitura, ainda a quente, TTCSM (vou abreviar porque senão perco metade do tempo e do espaço do post a escrever o nome completo do filme), pareceu-me completamente vazio. Vazio no sentido em que o argumento em que se molda para construir o filme propriamente dito é falaciosamente básico. Em termos mais simples e actuais, aparentemente TTCSM não dá que pensar. Dirá talvez quem o vir hoje: "Epá, é o mesmo de sempre: uns quantos jovens numa viagem, uns psicopatas, mortos e algum sangue". A diferença está no facto de ter sido rodado em 1973, quando todos os disinspirados blockbusters que de uma forma ou de outra buscaram influências no clássico de 74 ainda não tinham saído das bobines onde sempre deviam ter ficado. Falo de "coisas" como A Casa de Cera, A Casa dos 1001 Cadáveres ou mesmo dos remakes de The Texas Chain Saw Massacre de 2003 e 2006.
Tobe Hooper foi o primeiro realizador a levar a cabo a tarefa de realizar um filme centrado apenas e só na violência, sem recurso às modernas paródias e truques de suspense. Mais ainda, Hooper propõs-se fazer um filme onde a violência extrema é única e exclusivamente de cariz humano, coisa que até aí havia sido explorada apenas de forma muito leve por Hitchock, em filmes como Psico (onde Hooper se inspirou para TTCSM) e em Pássaros.
Ora, se para um purista do cinema actual, um filme deve ser mais do que mero produto de entretenimento, TTCSM é um dos primeiros do género engavetado dos Horror Movies que deixa várias questões interessantes no ar: qual a razão da violência por si só? Qual a origem dos sentimentos que perpetuam a violência humana? Que segredos encerra a perversa mente humana, que consegue congeminar os planos mais malévolos para simplesmente torturar e matar?
Estas são questões a que o filme não responde, com toda a legitimidade. Por quererem responder a estas e outras questões, é que as sequelas dos clássicos são, na sua maioria, lixo cinematográfico.
TTCSM não esclarece nada. Vive apenas de uma pequena road-trip (importante para contextualizar o desenrolar das acções seguintes), de perseguições de moto-serra em punho e de actos de violência puros, com vicíos canibalistas à mistura (olá Hannibal Lecter). E é por não viver dos pequenos recursos e truques de suspense tão caros aos blockbusters do género de hoje em dia e de que falei algumas linhas acima, que o filme se torna tão real e deixa marcas na retina dos espectadores. É por recorrer às palhaçadas e a esses mesmos truques que "As casas de cera e dos 1001 cadáveres", se tornam eles próprios em pálidas caricaturas das influências de que nunca se deveriam ter apropriado.
Este discorrer teclístico teria ainda muito que contar, mas como normalmente nos filmes que me marcam ficam sempre imagens impagáveis, deixo-vos com uma entrevista e com uma aferição curiosa que retirei depois de recordar a cena final de TTCSM. Para quem já viu 2001-Odisseia no Espaço e está recordado da cena inicial - que interpretei como a metáfora da criação humana na famosa cena dos macacos geneticamente imbuídos do futuro espírito humano-, verá no final de TTCSM uma cena que, na minha perspectiva, é o estado último desse provável primeiro esboço da criação humana segundo Kubrick.
Uma das melhores cenas de cinema de todos os tempos, com recurso a um homem, uma moto-serra e movimentos endiabrados sob um pôr-do-sol que augurava um calor inhumano.
Preparem-se para sequências infindáveis de gritaria ensurdecedora.


quarta-feira, agosto 22, 2007

(Des)Concertos



No passado dia 31 de Janeiro, Howe Gelb, depois de um excelente concerto no Santiago Alquimista, sucedido de uma óptima noite de confraternização entre o músico e os seus admiradores, entrou no meu carro. No leitor de mp3 rodavam os Red House Painters. Perguntei-lhe se gostava, ao que prontamente respondeu: "I hate them". De imediato retirei o disco e pus algo mais condizente com a faceta low-profile, mas quente do ex-líder dos Giant Sand. Terão sido os Lambchop? Não me recordo. Pouco tempo depois de ter deixado mister "How" junto do hotel o meu carro berrou por completo, estando ainda hoje em estado catatónico. Maldição de "How"? Maldição de Mark Kozelek?




No próximo dia 17 de Outubro, Kurt Wagner - líder dos Lambchop - vai estar no Santiago Alquimista para o início da digressão a solo pela Europa. Dez dias depois é a vez de subir ao palco da mesma sala o ex-líder dos Red House Painters, Mark Kozelek.
Como não odeio nenhum dos três, nem pretendo fazer pirraça ao Sr. "How", irei ver os dois song-writers, com a esperança de acabar a(s) noite(s) de viola na mão, num motel à beira-mar plantado.

No próximo Sábado, dia 25 de Agosto os Macacos do Chinês do compincha Apache vão subir ao palco do Musicbox. A sala do Cais do Sodré acolhe o projecto que também actuará no Santiago Alquimista no dia 28 de Setembro. Como convidados especiais os macaquinhos terão o MC Espectrocliché e o técnico de som Ricardo "Garça".



Informem-se:
http://www.lambchop.net/
http://www.markkozelek.com/
www.myspace.com/macacosdochines
www.myspace.com/espectrocliche

Promessas de Verão


Para quem já não pode com as assobiadelas estivais do Bob Sinclair existe sempre a possibilidade de escutar o que nos trazem os últimos meses do Verão:

- The New Pornographers - Challengers

- Richard Hawley - Lady's Bridge

- Black Francis - Bluefinger

- The Rentals - The Last Little Life Ep

Para trás ficaram as boas surpresas dos Arcade Fire com Neon Bible e dos Queens of the Stone Age com Era Vulgaris.

Até findar o ano espero ouvir ainda outras boas surpresas.



sexta-feira, agosto 17, 2007

Rebuçados: Best Of


Não consegui escapar à tentação de fazer um best of Rebuçados Aleatórios. Aliás, a compilação (ainda sem nome definido) será totalmente home made e incluirá uma boa parte das faixas por mim escolhidas desde o Outono passado até à presente data.
O repertório tem a alegria de Kanda Bongo Man, o sarcasmo jocoso de Zappa, a melancolia dos Belle and Sebastian, o psicadelismo de Panda Bear com laivos de Brian Wilson e a "portugalidade" escancarada de Fausto e Sérgio Godinho e outras surpresas.


Vou esmerar-me no embrulho.

Prestes a completar o segundo aniversário, continuo convicto de que o Rebuçados não se esgota na minha pessoa.
Sei que por cá passam muitos olhares - uns mais atentos, outros apenas de soslaio.
Não me vou cansar de escrever, de dizer parvoíces, barbaridades, coisas e loisas.
O best of resulta de um percurso apropriadamente aleatório, assim como o discorrer de um dia que começa com um pesadelo doloroso, que passa pelo stress anfetamínico de um corropio citadino e que termina na dolência de um copo de vinho repleto de boas memórias.

Estamos por cá.

Viva...
(fotos Primavera Residencial)

segunda-feira, agosto 13, 2007

Sines: Sexta 27, o epílogo emocionado e... racional

Hoje é o dia da prometida sardinhada, mas não se pode começar a pensar em fazer uma sardinhada relaxada às 13h.
Saímos para comprar provimentos para o almoço no mini-mercado mais próximo. Eu opto pela fruta (um melão de 4,5 kg) e umas cervejas, enquanto o Ricardo e o Guru invadem a secção de enlatados para prepararmos umas sandochas rápidas. E eis que aqui neste pequeno espaço comercial dou pelo primeiro sinal de que o festival começa a ganhar contornos mais grotescos, típicos dos já clássicos festivais rockeiros. Uma garrafa de cerveja é roubada enquanto os larápios vão distraindo os donos e os clientes.
Voltamos ao parque e merendamos o melão e as sandes. A acompanhar, umas cervejitas bem frescas.
Tempo de ir até à praia. Ao passarmos pela avenida ouvimos o sound-check dos Aronas, banda que iria actuar durante a tarde no palco da Avenida. Parece-nos interessante e por isso optamos por adiar meia-hora a marcação do restaurante.


De volta ao parque para um duche frio bem retemperador. Quando descemos as escadas que dão acesso à avenida já os Aronas põem corpos a mexer. Uma interessante fusão entre o jazz "étnico", a que não é alheio o uso de steel drums e outras percussões.
Aron Ottignon é o mentor do projecto e exímio pianista. Comunicativo q.b., vai injectando doses de adrenalina e rebeldia nos corpos que com ele dançam esta espécie de jazz improvavelmente selvagem. Mais um óptimo concerto na praia.



A refeição que se segue é enganosa e manda-nos seguir para um restaurante "um pouquinho mais distante, mas com o mesmo preçário". Desta vez a simpatia não compensa a demora, porque no castelo espera-nos Hamilton de Holanda, por muitos considerado o maior bandolinista do mundo. Classificações etéreas à parte, Hamilton dá um verdadeiro show (para não desvirtuar a "brasilidade" do termo), não apenas de bandolim, mas de música. Apesar de chegarmos atrasados, assistimos a momentos de elevado grau de emoção. Em Hamilton e também na sua banda, os instrumentos são um prolongamento da alma, da razão, do sentimento... É por isso que os músicos cantam o que tocam, mesmo quando o instrumento é a... bateria. Chegou a arrepiar.

Expectativas altas para a actuação do World Saxophone Quartet de David Murray. Não são correspondidas de todo, ainda que a habilidade técnica dos músicos e as várias versões adulteradas de músicas de Hendrix tenham feito rasgar alguns sorrisos.

O fraco entusiasmo pelo colectivo fez-me sair do recinto com a Rita e a Raquel para ir buscar umas cervejas mais baratas.

Rachid Taha também passou, mas sem distinção. Por esta altura, e com o castelo mais cheio que nos dias anteriores, a fusão entre músicas do mundo e o universo mais rockeiro era mais que evidente. Talvez por isso Taha tenha incendiado uma boa parte do público. E não desminto a minha satisfação pela versão de "Rock the Kasbah" dos Clash.

A multidão é já enorme na saída do castelo para a avenida. Eu e o Ricardo ficamos pelas bancas de cd's. O resto da trupe decide ir descansar. Compro "Wise and Otherwise" de Harry Manx sem hesitar. Depois descemos até à avenida mas decidimos dar uma folga à música na última noite em Sines. No palco estão os La Etruria Criminale Band e o som parece-me um pastiche entre Emir Kusturica e Gogol Bordello.

Passeamos pelas bancas de comércio e decido juntar mais um chapéu à colecção.
Pausa para relaxar, comer uma picanha, beber umas cervejas, encontrar pessoal do Cartaxo e vislumbrar o David Murray na mesa em frente.
Hora de voltar...
A despedida é feita no dia seguinte no timing certo. Não que não gostasse de por lá ficar, mas se durante Sexta-feira o pulsar já era menos saudável, no Sábado sinto já a pressão dos "outros festivais" - barulho, sujidade, bebedeiras incomodativas...


De volta às origens em formato mini-caravana com bailarico e Geração XXI na Festa de Vila Chã de Ourique.


Obrigatório...


quinta-feira, agosto 09, 2007

Patio Song


Well isn't it a lovely day
Oh, I'm feeling all brand new
Well isn't it a lovely day
Oh, boating on Sunday with you

And if you really want to kiss her
Just go right up and tell her
Oh, isn't it a lovely day for love

Well isn't it a lovely day
Oh, my patio's on fire
Well isn't it a lovely day?
Oh no, words are wisdom from liars

And if you really want to kiss her
Just go right up and tell her
Oh, isn't it a lovely day for

Mae'n bwrw glaw
So dal fy llaw
Ond mae'r gaeaf mor hir
Mae'n cymryd gormod or tir

Dal fy llaw
Mae'n bwrw glaw
Ond mae'r gaeaf mor hir
Mae'n cymryd gormod or tir

Gorky's Zygotic Mynci - Patio Song, 1995

segunda-feira, agosto 06, 2007

Gentis corações de Agosto

E eis que o Senhor Verão chegou com toda a sua pujança.
Em tom de interlúdio entre a 2ª e a 3ª partes do Diário de Bordo de Sines, aqui fica uma selecção de belas canções para refrescar os vossos corações escaldantes:
  • The Boy Least Likely To - Be Gentle With Me, (The Best Party Ever, 2005)
  • The Rentals - Sweetness and Tenderness, (The Last Little Life EP, 2007)
  • Harry Manx - Coat of Mail, (Wise and Otherwise, 2002)
  • Bitty McLean & the Supersonics - Make it with You, (On Bond Street, 2005)
  • The Comas - Red Microphones, (Spells, 2007)



Adoro este Vídeo

domingo, agosto 05, 2007

Sines: Quinta 26 – A Rocha e o Bica

Acordo estremunhado dentro do carro. O calor é infernal. Não sei onde estou. Procuro os óculos que encontro cerca de quinze minutos depois. O telemóvel indica 11:45. Apenas depois de sair do carro (escusado será dizer que tinha a cabeça a pesar uma tonelada e a boca transformada no deserto do Namibe) percebi que me encontrava no Algarve, algures perto de Portimão.
Tento encontrar um café para saciar a sede aguda que me consome quase há meia-hora. Não faço ideia onde estão os meus companheiros de viagem.
Aproveito para ir até à praia sob o sol tórrido do sul. Tiro as sapatilhas junto ao mar e ainda consigo molhar os pés antes de o Ricardo me ligar a dizer para voltar para junto do carro. Avizinha-se uma viagem sôfrega até Sines.
O Ricardo e o Apache tiveram a “excelente” ideia de pernoitarem na praia. Foram apanhados de surpresa pelas famílias portuguesas carregadas com o farnel e o chapéu-de-sol que não os deixaram dormir mais de duas horas.
Depois percebo que estamos na Praia da Rocha.
Adiante.
O combinado é pararmos no caminho para um almoço retemperador. Aljezur é o local escolhido. O atendimento não prima pela rapidez, mas a simpatia compensa a lentidão.
De Aljezur a Sines o condutor passa a ser o Ricardo, passando eu para o lugar de co-piloto.
Paramos em Odeceixe para apreciar a praia que separa o Alentejo do Algarve. O tema de conversa continua a ser: “relações abertas: prós e contras”. Os temas fotografados começam a roçar o limite do absurdo e eu estou cada vez mais feliz.



De Odeceixe a Sines não fazemos uma única paragem. No leitor de K7 rolam os T-Rex, o Stevie Wonder e até os Eagles.
O senhor que entrega as senhas de entrada e saída no parque de campismo ganha a alcunha de pescador (devido à sua farta barba e arredondada fisionomia) e também o epíteto de omnipotente. O homem dá senhas, afina os PA’s do festival, é dono de uma empresa de cargueiros, zela pela bandeira azul na praia de Sines, vai a Paris todos os dias de manhã… Um mimo.
Na chegada ao parque seguimos os preparativos para mais um serão de música. Desta vez, e depois dos ébrios reencontros da noite anterior, a música não deu mesmo descanso. Um duche de água fria e corpo e mente de novo sãos.
Descemos a encosta do castelo em direcção à Avenida da Praia onde Harry Manx já se encontra a tocar. Ambiente místico a pairar junto à praia, com Manx a fazer uso da sua “Mohan Veena”, um instrumento muito peculiar, oferecido pelo seu tutor, Vishwa Mohan Bhatt durante os anos que passou a estudar na Índia.



O que Manx nos oferece no belíssimo final de tarde do dia 26, é um misto de blues com inspiração indiana, ora percorrendo as margens do Mississipi, ora banhando-se nas águas lamacentas, mas purificantes do Ganges. O que se ouve é um senhor cantar e tocar a sua alma, numa linguagem original, humilde e sobretudo mágica. Primeiro grande momento do festival.
Faz-se tarde para jantar. Não queremos perder Carlos Bica com o Trio Azul e o convidado Dj IllVibe.
Inevitavelmente, mas sem confusão, acabamos por chegar atrasados ao concerto do senhor Bica
Um dos maiores nomes do jazz português e mundial, Bica deixa-me completamente alucinado com a fusão da estética jazz com o rock, a pop, o funk, o hip hop. Espaço para solos de todos os músicos, numa demonstração de que a riqueza musical não reside na execução tecnicamente perfeita do instrumento que se toca, mas antes na exploração sonora e performativa que se faz dele. Jim Black demonstra ser um dos bateristas mais originais no palco de Sines. No seu simples kit percorre o jazz contemporâneo, desce até aos ritmos gordos e a “direito” dos Queens of the Stone Age, e brinca com o seu prato abafado a fita-cola, sempre com um sorriso nos lábios.


Quem também brinca com os pratos é DJ IllVibe, mais ao estilo de um DJ Swamp (acompanhante de Beck), obrigando os puristas do jazz a fazerem uma vénia à forma como estes músicos, partindo de uma raiz puramente jazzística, conseguem subverte-la e dar-lhe uma nova roupagem. E que bela roupa é esta...
Os Tartit são um colectivo do Mali, que tem a sua maior virtude na exploração do universo corporal e gestual da sua cultura. Homens e mulheres ocupam o palco na quase totalidade da sua extensão, cantando, tocando e dançando as raízes da sua terra: reminiscências do deserto tuareg pontuadas por uma discreta guitarra eléctrica. Valeu pela simpatia e performance, mais que pela música.
Mahmoud Ahmed é o senhor que se segue. Da Etiópia traz um espectáculo certinho, mas pouco arrojado. Confesso que é uma das minhas maiores expectativas da noite, mas fico um pouco desapontado. Não pela falta de qualidade musical, mas pelo formato “fórmula” tão cara ao universo pop-rock. E afinal não vim cá ver pop-rock. Chegou-me o SBSR.
Saímos ainda antes do último encore de Mahmoud. Uma parte da turba vai descansar. Eu, o Ricardo e o Apache resistimos para ver Bitty Mclean na Avenida. Antes ainda uma voltinha pelas bancas de CD’s. Decido comprar o de Harry Manx, mas apenas no dia seguinte.
Sente-se já o sabor do lovers rock de Mclean quando descemos as escadas que dão acesso à praia. Mesmo sem a dupla Sly & Robbie, que estava convocada para acompanhar o músico, Mclean dá uma lição de roots reggae e lovers rock aos presentes. Cheira a amor e sentem-se boas vibrações. Ouvimos 7 músicas e voltamos ao parque. O dia foi demasiado longo e apesar de me apetecer ficar a fazer companhia ao Bitty, respeito o meu amigo Ricardo (talvez um dos piores apreciadores de reggae que conheço) e decidimos ir descansar.
Em direcção ao parque novas histórias do pescador e algumas suposições sobre o ressonar do Papier, com quem iria dormir daí a pouco.

A noite acaba em amena cavaqueira quando ao abrir a tenda visionamos a posição de descanso muito “sui generis” do Papier.
Antes de adormecer as descargas de autoclismo e o ressonar do Papier são a razão da minha dor de abdominais no dia seguinte.


Com tanto riso não podia ser de outra forma.

Sopraria

Não resisto a deixar aqui este registo.
Em 2004, no segundo ano do curso de Som e Imagem, o professor Garcia Miguel pediu-nos que fizéssemos um trabalho com uma componente audio-visual cujo o tema de fundo fosse o sopro.
Foi o meu primeiro trabalho em vídeo. Tecnicamente pobre e com um conceito semi-desenvolvido, não deixa de ter a sua piada.
Hoje olho para ele com nostalgia e com a convicção de que faria outra coisa completamente diferente... ou talvez não.

AAAhhh, acaba bem antes dos 8:46 que tem. Erro de principiante ao fazer a exportação do vídeo.

Nota: reparem bem no frame subliminar logo depois do fade out, mesmo no fim do vídeo.

A seguir vem a 2ª parte de Sines.