terça-feira, agosto 26, 2008

Não Dizer Nada e Contar os Rip Offs

A preguiça é o maior dos males. Bem, se excluírmos a maldade. Sim, porque a maldade é o ópio puro, prejudicial quando usado indevidamente.
Em duas linhas aleatórias não disse nada. Enfim... Há dias, há semanas, há meses assim.
Quando este torpor da silly season se desvanecer talvez regresse animado.

Bem, para já aqui ficam dois rip offs descarados por parte de duas bandas que por aqui andaram algures nos 90.

O Original - The Stranglers, No More Heroes, 1977



O Rip Off - Elastica, Waking Up, 1995




O Original - Killing Joke, Eighties, 1985



O Rip Off - Nirvana, Come as You Are, 1991


sábado, agosto 09, 2008

Odes Augustas

O Verão acelera o passo, os Olímpicos começam por entre protestos e sequestros.
Numa calma que me é alheia selecciono cinco odes a Agosto.
E as vindímas aí à porta.

É só tesourar pessoal:

  • Animal Collective: Water Curses (Water Curses EP, 2008)
  • Weezer: The Greatest Man that Ever Lived (The Red Album, 2008)
  • Beirut: Elephant Gun (Lon Gisland EP, 2007)
  • Atlas Sound: Recent Bedroom (Let The Blind Lead Those Who Can See But Cannot Feel, 2008)
  • Sleeper: Delicious (SMART, 1995)


sábado, agosto 02, 2008

Novo Acordo Ortográfico (ou como tirar a paciência a uma ave de Varsóvia)


O novo acordo de linguagem gestual já está em vigor. Na imagem podemos ler: "Fui completamente amassa(ç)do por um Tou(i)ro em Salvaterra De Magos. Ou terá sido um Pato?"

Viva o Novo Acordo Ortográfico.
Verdade seja dita. Não estou a par da maior parte das alterações que a Língua Portuguesa irá sofrer com este acordo, nem consigo prever quais as reais implicações que terão tais alterações na Sociedade Civil Portuguesa.

Sou um português médio, que se vai informando, que vai ouvindo uns zum-zuns e abrindo uns mails de provocação e de indignação, mas como qualquer cidadão livre tenho o direito de fruir deste pequeno espaço virtual para escarrapachar o que bem entender.

Entristece-me saber que a consoante surda (ou será muda?) seja suprimida de palavras tão bonitas como Homem, Húmido, ou Hora. A gravidade disto meus senhores não está na anulação da dita consoante, mas sim na morte instantânea de uma das mais velhas piadas portuguesas: o Homem com O Grande agora é mesmo Omem com O Grande. Mandamos assim um pedaço do nosso humor flácido pelo cano de esgoto abaixo.

Adiante...
Nem só de más notícias vive este novo acordo.

Há muitos anos atrás, sentado numa cadeira de escola, algures pelos meus 15 anos ouvi falar de um tal de Pacto de Varsóvia, que, num dito mundo bipolar à moda do Séc. XX andava sempre às turras com uma tal de Nato (não confundir com Nacto. Isso, era antes do anterior acordo ortográfico). Ora (não confundir com Hora), como bom apreciador de culinária sempre fiquei tentado em saber qual o sabor de um Pato de Varsóvia, e eis que, passados uns outros tantos 15 anos vou ter esse prazer graças a este querido acordo.
Não sei como o fazem por lá, mas se me permitem deixo aqui uma pequena dica. A minha avó escondia-o (o Pato, entenda-se) num enorme tabuleiro de arroz decorado com pequenas rodelas de choruriço que era depois levado ao forno até ficar bem apuradinho.
A certeza que fica é a de que este acordo é também um pato. Um pato para saborear em todos os países lusófonos. Também é um fato (o meu nº deve andar pelo 52) que existem pessoas que não patuam [ato (ou desato, essa agora...) de se fazer passar por pato) com este acordo. A mim não me convencem, por isso brego alto e bom som:


VIVA O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO (eu até gosto de um bom petisco).