quarta-feira, outubro 11, 2006

Portalegre-Marvão-Albuquerque-Badajoz-Évora-Almendres-Cartaxo


Começamos o concerto sem saber o que nos espera. Alguns aplausos vigorosos quebram a irrisória monotonia do "levanta copo e emborca" tão cara a esta época de recepções por vezes a roçar o limite da estupidez. É, para alguns a compensação da baixa auto-estima em actos violentos e bárbaros... Já divago...
Os meus amigos - os 4/5 - estão um pouco desiludidos. Eu estou contente. Eles acabam por ficar também depois de algumas opiniões mais pragmáticas de quem vê, sente e ouve de fora.
Adoro este ritual de convívio: de jantar, de vestir, de conversar e gozar, e por fim de subir ao palco e transpirar as entranhas.
A imprevisibilidade é um dado adquirido. Os locais, as pessoas, as conversas, são elementos do ritual, da mística, da maior ou menor carga de sensações que guardo comigo; as memórias que não esqueço.
Não estou sózinho. Partilho, mas com a consciência da pessoalidade intrínseca de cada expressão, movimento, som ou ruído.
O complemento é uma viagem a um píncaro inconquistável com cerca de 700 metros de altura, com direito a visitar um castelinho de lacraus.
Um pequeno desvio para ouvir os estremadurenhos??? em Badajoz, uma visita fugaz ao património mundial alentejano e o pôr-do-sol no cromeleque dos almendres.
À chegada ficam saudades e memórias passadas... Bonitas essas...

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