22 Horas. O Teatro Académico Gil Vicente em Coimbra está totalmente cheio, pronto a receber os convidados especiais da noite, a pretexto da apresentação da nova grelha de programação da RUC (Rádio Universidade de Coimbra).
Chamam-se Camera Obscura, são escoceses e esta é a única actuação na sua passagem por Portugal.
Cinco minutos depois (de muita publicidade) abrem-se as cortinas e surgem seis músicos prontos a adocicar-nos as almas com pequeninos bombons pop, country e folk.
Mais uma vez a comprovação de que da fria terra escocesa brotam talentos capazes de aquecer os corpos mais tímidos e envergonhados em terras lusitanas.
Tracyanne Campbell é a anfitriã, tal como Stuart Murdoch o havia sido no concerto dos conterrâneos e padrinhos Belle and Sebastian no concerto do Coliseu dos Recreios no passado dia 17 de Julho (comparação inevitável).
O começo é morno, mas ao terceiro tema, “Tears for Affairs”, surge a primeira grande ovação para um convidado muito especial, Francis MacDonald, baterista dos amigos Teenage Fanclub. Tracyanne explica que Francis e a sua namorada acabaram de ter um filho, mas ele ali está, sorridente, pronto a dar uma ajuda nas percussões. É disto que se faz uma banda pop ao vivo. Das pequenas subtilezas, das coisas simples e delicadas e do sentimento de irmandade que emana do palco.
“Lloyd, I´m ready to be heartbroken” arranca alguns dos presentes para a frente do palco, quando Tracyanne já o havia sugerido momentos antes: “…to dance a little, maybe…”.
“Let`s get out of this country”, tema título do super elogiado ultimo disco da banda recebe rasgados aplausos.
Tracyanne convida-nos a beber um vinho do Porto, enquanto o guitarrista diz estar muito contente por estar a ser tão bem recebido na sua primeira visita a Portugal.
Francis vai entrando e saindo do palco, tocando em pedacinhos de temas, coadjuvando o baterista…
“Teenager” é um dos momentos mais bonitos do concerto… Curto infelizmente. 45 Minutos e os músicos saem do palco depois de tocarem o magistral “Razzle Dazzle Rose”. Voltam para um pequeno encore de 15 minutos onde incluiram “Suspended from Class” do seu segundo album, “Underachievers please try harder”. O público aplaude de pé, mas as cortinas fecham-se.
Os Camera Obscura deixa-nos ficar com muita água na boca na gestão do tempo/música que fizeram do seu espectáculo, como se aquele fecho de cortinas fosse apenas um “até breve… temos ainda muito para vos dar”.
Talvez tenha sido mero capricho do acaso, mas o dia seguinte raiou com um saudoso sol outonal. É caso para dizer que, com os Camera Obscura o Verão de S. Martinho chegou mais cedo.
Viessem os Teenage Fanclub até final do ano, e 2006 seria o ano perfeito em campos verdejantes salpicados por pequenas centelhas alaranjadas.
Chamam-se Camera Obscura, são escoceses e esta é a única actuação na sua passagem por Portugal.
Cinco minutos depois (de muita publicidade) abrem-se as cortinas e surgem seis músicos prontos a adocicar-nos as almas com pequeninos bombons pop, country e folk.
Mais uma vez a comprovação de que da fria terra escocesa brotam talentos capazes de aquecer os corpos mais tímidos e envergonhados em terras lusitanas.
Tracyanne Campbell é a anfitriã, tal como Stuart Murdoch o havia sido no concerto dos conterrâneos e padrinhos Belle and Sebastian no concerto do Coliseu dos Recreios no passado dia 17 de Julho (comparação inevitável).
O começo é morno, mas ao terceiro tema, “Tears for Affairs”, surge a primeira grande ovação para um convidado muito especial, Francis MacDonald, baterista dos amigos Teenage Fanclub. Tracyanne explica que Francis e a sua namorada acabaram de ter um filho, mas ele ali está, sorridente, pronto a dar uma ajuda nas percussões. É disto que se faz uma banda pop ao vivo. Das pequenas subtilezas, das coisas simples e delicadas e do sentimento de irmandade que emana do palco.
“Lloyd, I´m ready to be heartbroken” arranca alguns dos presentes para a frente do palco, quando Tracyanne já o havia sugerido momentos antes: “…to dance a little, maybe…”.
“Let`s get out of this country”, tema título do super elogiado ultimo disco da banda recebe rasgados aplausos.
Tracyanne convida-nos a beber um vinho do Porto, enquanto o guitarrista diz estar muito contente por estar a ser tão bem recebido na sua primeira visita a Portugal.
Francis vai entrando e saindo do palco, tocando em pedacinhos de temas, coadjuvando o baterista…
“Teenager” é um dos momentos mais bonitos do concerto… Curto infelizmente. 45 Minutos e os músicos saem do palco depois de tocarem o magistral “Razzle Dazzle Rose”. Voltam para um pequeno encore de 15 minutos onde incluiram “Suspended from Class” do seu segundo album, “Underachievers please try harder”. O público aplaude de pé, mas as cortinas fecham-se.
Os Camera Obscura deixa-nos ficar com muita água na boca na gestão do tempo/música que fizeram do seu espectáculo, como se aquele fecho de cortinas fosse apenas um “até breve… temos ainda muito para vos dar”.
Talvez tenha sido mero capricho do acaso, mas o dia seguinte raiou com um saudoso sol outonal. É caso para dizer que, com os Camera Obscura o Verão de S. Martinho chegou mais cedo.
Viessem os Teenage Fanclub até final do ano, e 2006 seria o ano perfeito em campos verdejantes salpicados por pequenas centelhas alaranjadas.
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