Ritmo. Disto se trata simplistamente o discorrer do tempo. Nesta perspectiva, a vida não é mais do que um trailer, arquetipo de um argumento construído individualmente, onde as premissas são preparadas de forma alaeatória. As ideias, as histórias estão indubitavelmente ligadas à construção do ser individual. Ok. Vou deixar-me de pretensiosismos. O ritmo comanda-nos, a melodia transforma-nos, de forma indissociável. Sempre. E o espaço??? É o livre arbítrio??? Não. Numa sociedade (aparentemente) castradora de oportunidades, o espaço onde vivemos, habitamos e criamos (sim, acredito na criação constante, ainda que dentro de um sistema que teimamos em chamar de rotineiro), é o elemento primeiro na construção de universos pessoais e sociais. É o espaço/tempo que determina a nossa condição? Não. Na minha perspectiva, é a vontade pessoal de explorar que condiciona o ser e inevitavelmente a sua condição de criador, activo ou passivo. As premissas espaço/tempo são apenas os elementos catalisadores da acção ou da inércia.
E pensar que comecei este texto a pensar no Kanda Bongo Man... É que, por vezes o tempo e a vontade correm ao seu ritmo. Noutras alturas quero apenas olhar as estrelas acompanhado dos Sparklehorse ou de Beck... de "Sea Change".
Sem comentários:
Enviar um comentário