Por vezes a debilidade mental atenta contra a nossa inspiração. O cansaço, a rotina, as vicissitudes de uma vida que teima em retornar, embatem frequentemente com a vontade de escrever, desabafar ou simplesmente suspirar.
O tema é recorrente: as mutações do sistema social que continuam reféns de um sistema económico arrogante e obsoleto. Apregoam-se palavras de pânico. As principais: gripe vogal e crise económica/financeira.
E afinal onde estamos? Quem somos nós, espectadores condicionados às imagens de um primeiro-ministro que "tranquiliza" um país a levar uma "pica" em plena hora de ponta televisiva? Seremos os outros que ignoram os lucros da banca em plena época de "crise" e recessão económica? Serão o Benfica e os restantes clubes os bodes expiatórios para a cegueira geral?
Recorrente: a rotina, o cansaço, o mito teimoso que circula por entre os nossos dedos, o medo do "pecado" de querer mudar. É que para a maioria a vida é uma linha recta com uns quantos obstáculos pelo meio. Não serão uns quantos graves escandâlos que lhes afectarão a modorra "passagem". O pão e o vinho estão na mesa, a TV está ligada e a vida continua. Cansada... Sonolenta, sem charme. Embrião de vida. É assim que vivemos hoje: num chato e permanente embrião.
Será tempo de regar para depois colher? Se o sono deixar... É que a minha vida embrionária (e a de outros, suponho) constitui-se de muitas linhas... rectas, oblíquas, com obstáculos, sem obstáculos, de várias cores, formas e tamanhos... assim como uma maternidade repleta de recém-nascidos, puros e prontos a enfrentar os renascimentos que a vida lhes proporcionará...