sábado, abril 19, 2008

Uma Mossa na tarola depois... O Regresso ...do Guru!



A sensação é de alegria, mas também de uma moderada nostalgia. Há momentos que nos fazem sentir assim. Os reencontros são um dos melhores bálsamos para a alma.
No passado dia 17 de Abril dei aquele que considero ter sido o melhor concerto da minha humilde e amadora carreira de músico. Desculpem-me os Qwentin que tão bem sabem o quão especial foi o concerto do Musicbox, talvez o segundo melhor. Desculpem-me os Geração XXI que sabem também a alegria que tenho em partilhar com eles uma boa parte das noites de Verão, alegrando os corações que anseiam a chegada das festas anuais das suas terras.
...do Guru! regressou cerca de um ano e dois meses depois ao Centro de Juventude. A primeira aparição foi há quatro anos numa praça do peixe lotada, em pleno coração das Caldas. Vivia-se a lufada primaveril do Caldas Late Night. Depois as actuações sucederam-se ao ritmo de um concerto por ano, com actuações em 2005, 2006, 2007 e este novo regresso memorável em 2008.
Não vale a pena descrever detalhadamente as sensações que tive a tocar naquele palco pela enésima vez. Foi divertido, competente... foi mágico. O rock tem destas coisas. Ora nos traz a lágrima ao canto do olho, ora nos carrega com a adrelina necessária para mandar ao chão uns pratos, uma tarola e alguns microfones.

O sabor do reencontro foi o regresso às conversas partilhadas com colegas e amigos que não via há imenso tempo, porque um concerto ...do Guru! é um brotar de simples confidências que falam de diversos estados de alma, de diversas vivências, como se fosse nula a diferença entre o palco onde estão os quatro amigos e uma mesa de café onde se sentam mais de quatro amigos para conversar... sobre coisas simples, mas que nos transportam para "um pequeno mundo de magia".

Venham mais mossas na tarola como esta.

Obrigado.

www.myspace.com/doguru
www.doguru.blogspot.com

sexta-feira, abril 11, 2008

A Fábula do Filósofo de Estado e outras Curiosas Assunções

Confesso. A preguiça mental apoderou-se de mim com uma fé letal. Já não deixo a mente surumbar durante horas a fio como era costume nos tempos em que era um funcionário de uma gigantesca cadeia de distribuição, confiscadora de membros superiores e inferiores mas não de mentes, de ideias, de utopias construídas a fio em recantos, por vezes frios e distantes, por vezes quentes caóticos e fascinantes.


Vivemos no Estado da Taxa e do Tacho. Podem suceder-se os governos, as pastas, os ministérios e toda a panóplia vocabular inerente, que os desgovernados continuarão a ser os mesmos, aqueles que, sem tugir nem mugir, continuam a pagar o imposto sobre o rendimento, as taxas moderadoras na saúde, o imposto automóvel, o imposto imobiliário, o imposto de valor acrescentado, as portagens, os parquímetros. Fujamos para Espanha meus amigos. Eu quero três Zapateros, porque nem do filósofo de 0,05 € quero falar. Porque antes do filófoso já outros famosos por cá andaram e a parca diligência foi idêntica: pobre na teoria, nos conteúdos e sobretudo uma nulidade na prática. Porque de reformas na saúde, e no ensino oiço eu falar desde que zaragateava com os pequenos inimigos dos 8 anos. Já lá vão 22. Continua a espera no corredor das urgências enquanto alguns senhores comentam as almoçaradas de fim-de-semana. O que vale é que passado algum tempo temos em casa um envelope com um documento discriminativo de todo o tratamento efectuado e... O RESPECTIVO VALOR A PAGAR, CARO UTENTE, QUE NOS OCUPOU UMA PRECIOSA MACA PROVIDA DE BACTÉRIAS E OUTRAS MAIS VALIAS PARA A SALVAÇÂO DA SUA VIDA. Enfim... Bem, mas o que me vale aqui no nosso cantinho à beira mar plantado são as vias rodoviárias, esse primor da engenharia civil portuguesa. Existe um apreço tão grande aos nossos eixos viários que é comum ver operários zelosos em obras constantes aqui e acolá, tanto nas Auto-Estradas (quem me dera poder chamá-las de Auto Vias), como nas Estradas Nacionais (suspiro... pela Red de Carreteras del Estado). Ponho-me a pensar: ora aí está, é para isto que eu pago 3,50 € de portagem entre o Cartaxo e as Caldas. Tenho ondinhas, má impermeabilização do tapete, mas tenho pessoal que zela pelas estradas, colocando, por vezes aqueles pins com listas brancas e laranja na divisão das faixas de rodagem. Maravilhoso. Diria mais: ESPECTACULAR. Adoro os 3 semáforos de obras na Nacional 3, que me fazem esperar o mesmo tempo que demoraria a percorrer, em circunstâncias (a)normais, os cerca de 12 km que separam o Cartaxo de Santarém. Mas reflectindo chego lá. O filósofo deve ter lido o preâmbulo, ou o epílogo, do livro S. Judas de Iscariotes de Fátima Pinto Ferreira que diz o seguinte: "Mas o tempo, que tanto nos aflige porque andamos sempre a dizer que "não temos tempo", não existe, não há. Nós é que, com a pretensão a tudo controlar, inventámos forma de o espartilhar."
Não fosses tu um culto Homem e o que seria da nossa vida. Disfrutai o sabor da rotação terrestre.

Eu percebo tudo. Vivemos num Estado democrático, plural onde a igualdade de oportunidades é um direito adquirido por todos. Podem dizê-lo aos filhos, sobrinhos, e afilhados dos Srs. Ministros e Secretários de Estado. Esses coitados têm pluralidade a menos. São obrigados pelos seus parentes a exercer cargos para os quais muitas vezes não têm competência nenhuma. E atenção se fôr falar dos amigos e dos compadres então, uuuiiiii. Sou impelido a afirmar que temos uma fatia considerável da população portuguesa que anda no limbo da democracia. Esses pobres coitados que são obrigados a viver à conta dos tachos. Só com um tacho ninguém se aguenta. É por isso natural que os acima mencionados Ministros e afins de Ministro tenham de arranjar um segundo e até um terceiro tacho para os familiares e amigos. Afinal de contas temos de ser uns para os outros. O que vale é que, como diz um grande amigo meu, toda a gente anda na ordem que a tropa manda, e o sr. Amâncio Jesus de Freixo-de-Espada-a-Cinta não quer saber senão do seu Benfica, da sua mini na tasca do Chico Zé e do quinhão de pão à mesa logo depois da jorna.

Bendito Fim-de-Semana. Ébrio Sábado. Mesquinho Domingo...

Enfim... É a vida...

domingo, abril 06, 2008

O Síndroma da Meia Idade Britânica

O que dizer do sarcasmo latente deste(s) menino(s)?

Help the aged,

one time they were just like you,
drinking, smoking cigs and sniffing glue.
Help the aged,
don't just put them in a home,
can't have much fun when they're all on their own.
Give a hand, if you can,
try and help them to unwind.
Give them hope and give them comfort
cos they're running out of time.

In the meantime we try.
Try to forget that nothing lasts forever.
No big deal so give us all a feel.
Funny how it all falls away.
When did you first realise?
It's time you took an older lover baby.
Teach you stuff although he's looking rough.
Funny how it all falls away.

Help the aged
cos one day you'll be older too -
you might need someone who can pull you through
and if you look very hard
behind those lines upon their face
you may see where you are headed
and it's such a lonely place.

In the meantime we try.
Try to forget that nothing lasts forever.
No big deal so give us all a feel.
Funny how it all falls away.
When did you first realise?
It's time you took an older lover baby.
Teach you stuff although he's looking rough.
Funny how it all falls away.

You can dye your hair but it's the one thing you can't change.
Can't run away from yourself.

In the meantime we try.
Try to forget that nothing lasts forever.
No big deal so give us all a feel.
Funny how it all falls away.
When did you first realise?
It's time you took an older lover baby.
Teach you stuff although he's looking rough.
Funny how it all falls away.
Funny how it all falls away.
So help the aged.